RONDON - 100 ANOS DE HISTÓRIA (2009)
No próximo dia 29 de junho de 2009, Vilhena completa 100 anos do início de sua história. Essa data marca o surgimento da primeira habitação do homem branco na vastidão dos “Campos dos Parecis”, nesse dia o Coronel Rondon instalava o acampamento da “Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas”, conhecida por “Comissão Rondon”, galgando a escarpa oriental da Serra do Norte, em um local que mais tarde seria chamado de Vilhena. A partir desta data a população de Vilhena terá o orgulho de comemorar vários centenários, como podemos observar na cronologia a seguir:
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Posto telegráfico de Vilhena |
ANO DE 1909
29 de junho de 1909 - A “Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas”, conhecida por “Comissão Rondon”, galgou a escarpa oriental da Serra do Norte, mais tarde denominada de Chapada dos Parecis, por um caminho aberto anteriormente pelo Tenente Lira (João Salustiano Lira). Acampou na nascente de uma cabeceira, que chamaram de Rio de Comemoração de Floriano. Escreveu o Cel. Rondon em “Missão Rondon”, Brasil, 1910, página 163: - “Partindo desse lugar, no dia 29 conseguimos reganhar o massiço dos Parecis, subindo pela escarpa oriental da Serra do Norte, por caminho aberto em densa mataria de árvores elevadas. Acampamos na nascente duma cabeceira, a que dei o nome de “Comemoração de Floriano”.
30 de junho de 1909- Acampada na nascente do Rio Comemoração de Floriano a “Comissão Rondon” recebeu notícias, vindas de Juruena, da morte do Presidente Afonso Pena, e dos engenheiros Cícero de Campos e Antônio Lins, os dois últimos vítimas de beribéri. O tenente Lira (João Salustiano Lira) no reconhecimento da região descobriu uma floresta de enorme proporção à frente da expedição, o que iria dificultar em muito os trabalhos da comissão. À noite chegou um mensageiro, vindo do Retiro do Veado Branco, com a notícia de que os índios Nhambiquaras haviam flechado o Soldado Rosendo, quando este atravessava a mata da Canga tocando um comboio.
02 de julho de 1909 - Os trabalhos de exploração da “Comissão Rondon” foram divididos: - Tenente Amarante (Emanuel Sylvestre do Amarante), depois Major Amarante, continuaria o levantamento para frente, até o rio que haviam chamado de Pirocoluína, situado a 50 quilômetros do último acampamento e a 160 quilômetros de Juruena.
06 de julho de 1909 - Dr. Miranda (Olímpio de Miranda Ribeiro, zoólogo) e o Tenente Pirineus (Antônio Pirineus de Souza) voltaram à cabeceira onde haviam encontrado dois índios. Posteriormente Cel. Rondon denominou essa cabeceira de Rio Dois Índios.
08 de julho 1909 - O Tenente Lira (João Salustiano Lira) mandou comunicar que se achava a 5 léguas do acampamento, dentro de uma mata interminável.
11 de julho de 1909 - O Cel. Rondon recebeu carta do Dr. Tanajura (Joaquim Augusto Tanajura, médico), datada de Mutum Cavalo, dando ciência de uma melhora no estado de saúde do Soldado Rosendo, ferido pelos índios no local denominada “Mata Canga”.
16 de julho de 1909 - A “Comissão Rondon” descobriu as nascentes localizadas no paralelo 12º 39’ 00” S, que o Cel. Rondon chamou de Rio Uruçu. Atualmente analisando-se as cartas mais recentes poderiam ser as nascente do Rio da Dúvida ou Roosevelt ou as nascentes do Rio Barão de Melgaço ou Comemoração de Floriano.
19 de julho de 1909 - O Cel. Rondon saiu do acampamento das nascentes do Rio Comemoração de Floriano, acompanhado pelo Dr. Miranda Ribeiro, zoólogo e pelo fotógrafo Leduc, em reconhecimento, na direção noroeste.
23 de julho de 1909 - Cel. Rondon reconheceu estar no divisor de águas do Rio Guaporé com o que ele achava ser o Rio Jamari, mas que mais tarde descobriria ser o Rio Pimenta Bueno, formador do rio Ji-Paraná ou Machado.
27 de julho de 1909 - O Cel. Rondon saiu do acampamento das nascentes do Rio Comemoração de Floriano, acompanhado do Dr. Miranda Ribeiro, zoólogo, do fotógrafo Leduc e do sertanejo Lúcio, e foram ao encontro das turmas dos Tenentes Lira (João Salustiano Lira) e Amarante (Emanuel Sylvestre do Amarante). Atravessaram o Ribeirão Duas Onças e o Pirocoluína alcançando a Grota de Água e acamparam na margem direita de um rio, pensando ser o Cabixi, que mais tarde o Cel. Rondon chamou de Rio Veado Preto.
28 de julho de 1909 - O Cel. Rondon atravessou os Rios Alatagui-suê e Zolôzolôsuê.
30 de julho de 1909 - O Cel. Rondon chegou ao bivaque do Tenente Amarante (Emanuel Sylvestre do Amarante), em cuja companhia prosseguiu para o bivaque do Tenente Lira (João Salustiano Lira).
ANO DE 1911
12 de outubro de 1911 - O Cel. Rondon inaugurou a ligação entre as Estações Telegráficas de Nhambiquara e Vilhena, estando com sua equipe em Nhambiquara.
06 de novembro de 1911 - O Cel. Rondon e sua equipe chegaram ao Ribeirão Iquê (hoje fronteira de Rondônia com o Mato Grosso).
12 de novembro de 1911 - O Cel. Rondon e sua equipe chegaram a Anajá.
13 de novembro de 1911 - O Cel. Rondon e sua equipe continuaram com o reconhecimento da região, passando pelo Ribeirão do Saltinho, Ribeirão do Índio Pombeiro, até caírem em um charravascal.
15 de novembro de 1911 - O Cel. Rondon e sua equipe passaram o dia num campo descoberto pelo Adriano. O Coronel mandou preparar um mastro de 60 palmos e hastear a Bandeira Nacional, às 6 horas, comemorava-se o dia da Proclamação da República.
16 de novembro de 1911 - O dia foi utilizado para desenhar o projeto da linha de Vilhena aos “Campos de Palmares de Maria de Molina”.
30 de novembro de 1911 - O Cel. Rondon e sua equipe avistaram os “Campos de Palmares de Maria Molina.
ANO DE 1912
01 de abril de 1912 - O Cel. Rondon e sua equipe atravessaram os Ribeirões Tanajura e Lira, continuando a limpeza da picada, a distribuição de postes e o esticamento de fio.
13 de abril de 1912 - O Cel. Rondon denominou de Ávila a um ribeirão que ficava perto de uma trilha de índios.
14 de abril de 1912 - O Cel. Rondon e sua equipe descobriram os “Campos 14 de Abril”. “A 13 de abril, depois de um campo que se estendia por mais de dois quilômetros, e tendo atravessado diversas cabeceiras e pequenas matas, fomos sair por um trilho de índios perto de um ribeirão que denominei Ávila”. “Rondon Conta Sua Vida” - Esther de Viveiros, página 355, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio de Janeiro, 1957 (?).
15 de abril de 1912 - O Cel. Rondon e sua equipe prosseguiram acompanhados pelos índios. O Cel. Rondon mandou armar o toldo de sua barraca no Ribeirão Nicolau Bueno, para proteger os silvícolas da chuva.
17 de abril de 1912 - Os índios despediram-se do pessoal do acampamento, prometendo voltarem.
05 de maio de 1912 - Companheiros vindos do acampamento Geral, de surpresa, fizeram uma manifestação, comemorando o aniversário do Chefe Cel. Rondon.
13 de junho de 1912 - Dia do aniversário de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, o Cel. Rondon inaugurou a estação telegráfica situada a 83 quilômetros de Vilhena, que recebeu o nome do aniversariante do dia. A cerimônia contou com a presença dos índios Tauitês. Também inauguradas a estação provisória do Madeira e a Estação Telegráficas do Jamari.
30 de setembro - Saiu de sede da Estação Telegráfica de Vilhena uma expedição preparada pelo Cel. Rondon, sob o comando do engenheiro de minas Francisco Moritz, americano, para explorar uma região da Serra do Norte (Serra dos Parecis), rica em ouro conforme estudos do próprio Rondon.
Outubro de 1912 – A ponta da linha telegráfica encontrava-se em Três Buritis, distante de Vilhena 60 Km, no sentido de Porto Velho.
19 de novembro de 1912 - O Cel. Rondon descobriu as cabeceiras de um rio que ele denominou de Festa da Bandeira, pois nesse dia se comemorava a data da Bandeira Nacional. Os índios chamavam esse rio de Curumicharu.
16 de dezembro de 1912 - A expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz retornou a sede da Estação Telegráfica de Vilhena.
ANO DE 1913
25 de janeiro de 1913 - Partiu da sede da Estação Telegráfica de Vilhena uma nova expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz, para explorar a região compreendida entre o Rio Barão de Melgaço ou Comemoração de Floriano e o Rio Pimenta Bueno ou Apidiá, formadores do Rio Ji-Paraná ou Machado.
01 de fevereiro de 1913 - A expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz chegou a Estação Telegráfica de José Bonifácio.
10 de março - A expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz chegou a Estação Telegráfica de Barão de Melgaço, onde permaneceu até o dia 20 seguinte, construindo uma canoa.
20 de março de 1913 - A expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz deixou a Estação Telegráfica de Barão de Melgaço.
22 de março de 1913 - A expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz estava acampada na foz do Rio Barão de Melgaço, examinando o terreno e os seus tributários.
Maio de 1913 - Foram concluídos os trabalhos de pesquisa da expedição comandada pelo engenheiro de minas Francisco Moritz, sem nenhum resultado positivo, sob o ponto de vista mineralógico.
07 de junho de 1913 - O Cel. Rondon, acompanhado do Tio Miguel, João Lucas, João de Deus, Joaquim Sol e do Major Libânio, fez reconhecimento do Igarapé Três Buritis para o nascente.
19 de junho de 1913 - O Cel. Rondon chegou a Estação Telegráfica de Vilhena, onde despachou normalmente e depois seguiu para “Campos Novos”.
04 de outubro de 1913 - O Cel. Rondon retornou à Estação Telegráfica Barão de Melgaço, depois de passar por Juína, Nhambiquaras, Campos Novos, Vilhena e Três Buritis. O Cel. Rondon recebeu telegrama dos Ministros da Guerra, Viação e Exterior comunicando sua escolha para organizar a comissão que acompanharia o ex-presidente dos Estados Unidos, na sua viagem através do Brasil.
05 de outubro de 1913 - O Cel. Rondon decidiu descer para Pimenta Bueno a fim de iniciar a viagem de volta ao Rio de Janeiro, via Manaus.
25 de novembro de 1913 - Partiu do Rio de Janeiro parte da “Expedição Científica Roosevelt-Rondon”, com destino a São Paulo.
25 de novembro de 1913 - Partiu de São Paulo parte da “Expedição Científica Roosevelt-Rondon”.
ANO DE 1914
16 de janeiro de 1914 - A “Expedição Científica Roosevelt-Rondon” chegou a Tapirapoan, quartel general da “Comissão Rondon”. A expedição era composta por: Cel. Rondon, Presidente Roosevelt, George Cherrie e Leo E. Miller, naturalista, Frank Hasper, secretário de Roosevelt, Jacob Sigg, cozinheiro, Father Zahm, Anthony Fiala, antigo explorados dos pólos, Kermit, filho de Roosevelt, Eusébio de Oliveira, geólogo, Tenente Lira, Capitão Amilcar Botelho, Dr. Cajazeira, médico.
03 de fevereiro de 1914 - Theodore Roosevelt, Cândido Mariano da Silva Rondon, Kermit Roosevelt, George K. Cherrie e equipe iniciaram a última etapa da expedição rumo às nascentes do Rio da Dúvida, viajando sobre lombo de mulas, através do sertão.
17 de fevereiro de 1914 - A “Expedição Científica Roosevelt-Rondon” chegou à Estação Telegráfica de Vilhena.
24 de fevereiro de 1914 - A “Expedição Científica Roosevelt-Rondon” chegou a um acampamento próximo ao ponto de embarque no Rio da Dúvida.
25 de fevereiro de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon chegou ao ponto onde o picadão da linha telegráfica atravessava o Rio da Dúvida (mais tarde denominado de Rio Roosevelt).
27 de fevereiro de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon começou a descer o Rio da Dúvida, logo depois do meio-dia, partindo do ponto 12º 01’ 00” S e 17º 34’ 00” Oeste do Rio de Janeiro.
29 de fevereiro de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon alcançou enormes quedas d’água, que as canoas não puderam ultrapassar, e por isso chamaram-nas de Corredeira do Apuro, onde acamparam.
10 de março de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon deixou o acampamento da Corredeira do Apuro e prosseguiram viagem. Logo adiante duas canoas naufragaram num rápido, que recebeu o nome de Corredeira Quebra Canoas.
14 de março de 1914 - Duas canoas novas ficaram prontas e a Expedição Científica Roosevelt/Rondon retornou a descida do Rio da Dúvida. Logo adiante morreu afogado o piloto Simplício em uma cachoeira que recebeu seu nome.
16 de março de 1914 O cão predileto do Cel. Rondon, chamado de Lobo, foi morto, crivado de flechas indígenas.
17 de março de 1914 - O Cel. Rondon, acompanhado de George Cherrie, seguiu, em fila indiana, pela margem do Rio da Dúvida, enquanto Roosevelt e os enfermos desciam nas canoas. Nesse dia descobriram um rio que o Cel. Rondon denominou de Kermit, em homenagem ao filho do Presidente Roosevelt, situado no ponto 11º 27’ 20” S e 17º 17’ 12” Oeste do Rio de Janeiro.
18 de março de 1914 - O Cel. Rondon através de Ordem do Dia o denominou o Rio da Dúvida de Rio Roosevelt, em homenagem ao ex-presidente do Estados Unidos da América, membro da Expedição Científica Roosevelt/Rondon. Nessa mesma solenidade foi colocado um marco de madeira, com a inscrição “Rio Kermit”, denominando o rio que tinha sua foz próxima ao acampamento, em homenagem ao filho do ex-presidente Theodore Roosevelt.
22 de março de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon reiniciou a descida do Rio da Dúvida, agora oficialmente denominado de Rio Roosevelt, com seis canoas.
24 de março de 1914 - Uma equipe da Expedição Científica Roosevelt/Rondon embarcou em canoas para reconhecer uma cachoeira que se anunciava pelo fragor, descobrindo um rio que o Cel. Rondon denominou de Taunay, em homenagem a Alfredo d’Ascragnolle Taunay, explorador, soldado, senador da república e escritor, autor de “Retirada de Laguna” e “Inocência”.
26 de março de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon descobriu um rio, que o Cel. Rondon chamou de Cherrie, em homenagem a George Cherrie, ornitólogo da expedição, e acamparam no local.
02 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon prosseguiu viagem. O Soldado Júlio assassinou o Cabo Paixão, que o repreendera por ter descoberto que ele estava roubando comida da expedição.
06 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon passou um rápido que parecia ser o último do Rio Roosevelt. À tarde chegaram à foz de um rio, que o Cel. Rondon denominou de Capitão Cardoso, em homenagem a Cândido Cardoso, companheiro da “Comissão Rondon” que morreu em serviço, vítima de beribéri.
13 de abril de 1914 - A “Expedição Científica Roosevelt-Rondon” acampou pela primeira vez em várias semanas, sem ouvir o ronco das corredeiras, bom sinal de calmaria na navegação do rio.
15 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon encontrou uma placa escrita com as iniciais J. A. (Joaquim Antônio, seringalista), e em seguida uma casa de seringueiros, recém construída. O Cel. Rondon descobriu que o Rio da Dúvida era conhecido na sua foz no Rio Aripuanã, por Rio Castanho. Aportaram na barraca do Honorato.
20 de abril de 1914 - A “Expedição Científica Roosevelt-Rondon” encontrou a primeira casa de negócio, onde se abasteceram e se fartaram de comida, ocorrendo em alguns casos indigestão.
21 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon alcançou, um pouco abaixo da foz do Rio Madeirinha, os Rápidos do Infernão.
24 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon alcançou o Rápido Aripuanã e a casa de negócio do Sr. Caripe.
26 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon ultrapassou o último rápido e chegou ao acampamento do Tenente Pirineus (Antônio Pirineus de Souza), que aguardava a expedição com um barco a vapor, o aviso Cidade de Manaus.
27 de abril de 1914 - O Cel. Rondon inaugurou uma placa comemorativa pela conclusão da Expedição Científica Roosevelt/Rondon, no acampamento do Tenente Pirineus (Antônio Pirineus de Souza).
30 de abril de 1914 - A Expedição Científica Roosevelt/Rondon chegou à Manaus, de madrugada.
ANO DE 1915
17 de fevereiro de 1915 - Em Vilhena o Cel. Rondon recebeu comunicação do nascimento do seu primeiro neto (Emanuel), filho de sua filha Heloísa Aracy e do Tenente Amarante (Emanuel Sylvestre do Amarante). Nesse dia fazia aniversário sua filha Clotilde Teresa.
02 de agosto de 1915 - O Cel. Rondon recebeu um telegrama do Tenente Amilcar (Amilcar A. Botelho de Magalhães), comunicando que o Tenente Marques de Souza, chefe da expedição, fora morto, juntamente com Tertuliano Ribeiro Carvalho, por flechas dos índios Araras, no Rio Ananás (mais tarde denominado pelo Cel. Rondon de Rio Tenente Marques, hoje divisa de Rondônia com Mato Grosso).
ANO DE 1929
08 de agosto de 1929 - Sepultado em Porto Velho o Major de Engenharia Emanuel Sylvestre do Amarante (Manoel Rodrigues Ferreira, “Nas Selvas Amazônicas”, pág. 293). O Major Amarante morreu vítima de tifo.
ANO DE 1930
12 de abril de 1930 - O Cel. Rondon seguiu em trem da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para Porto Velho, onde iria visitar o túmulo do Major Amarante (Emanuel Sylvestre do Amarante), seu genro. Depois regressou a Presidente Marques (Abunã), e daí seguiu para Guajará-Mirim.
Maio de 1930 - O Cel. Rondon subiu pelo Rio Cabixi, passando pelo Barreiro, Alasca, Santa Rosa, Barra do Rio Colorado, chegando ao Porto Amarante, onde o esperavam o Tenente Conceição e o Inspetor Galvão.
15 de maio de 1930 - O Cel. Rondon alcançou a Estação Telegráfica de Vilhena, vindo por terra do Porto Amarante.
16 de maio de 1930 - O Cel. Rondon despachou a correspondência em Vilhena, para em seguida retornar ao Porto Amarante, no Rio Cabixi.
ANO DE 1960
05 de fevereiro de 1960 – O Presidente da República Juscelino Kubitscheck anunciou na televisão a sua decisão de construir uma rodovia ligando Brasília ao Acre.
29 de junho de 1960 – Encontro das duas frentes de trabalho da firma Camargo Corrêa na construção da BR-29 (hoje BR-364), uma que saíra de Vilhena e outra de Pimenta Bueno.
04 de julho de 1960 – Realizada em Vilhena a solenidade da derrubada simbólica a última árvore do desmatamento da BR-29 (hoje BR-364), com o Presidente da República Juscelino Kubitscheck operando um trator na operação.
16 de novembro de 1960 – A “Caravana Ford” que havia partido de São Paulo com destino a Porto Velho saiu de Vilhena com destino a Pimenta Bueno.
ANO DE 1961
13 de janeiro de 1961 – Inaugurado a BR-29 (hoje BR-364) em Cuiabá, capital de Mato Grosso.
ANO DE 1969
01 de abril de 1969 - Através do Decreto n.º 565, de 01 de abril de 1969, a localidade de Vilhena foi transformada em subdistrito do Distrito de Rondônia do Município de Porto Velho, com os seguintes limites entre os Subdistritos de Vilhena e Pimenta Bueno: - Começa na nascente do Rio Pimenta Bueno; daí pelo divisor de águas Pimenta Bueno/Comemoração de Floriano até a nascente do Rio Melgacinho, até a sua foz no Rio Comemoração de Floriano, subindo por este até a foz do Igarapé Félix Fleury, subindo até a sua nascente; daí por uma linha reta até a nascente do Ribeirão Kermit, descendo por este até a sua foz no Rio Roosevelt e daí descendo por este até a foz do Rio Tenente Marques.
ANO DE 1977
11 de outubro de 1977 - O município de Vilhena foi criado pelo Artigo n.º 47 da Lei n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977, assinada pelo Presidente da República Ernesto Geisel, com áreas desmembradas dos Municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim. Os limites do município foram fixados pelo Decreto n.º 8.272, de 30 de janeiro de 1978, ficando assim definidos: - Começa na foz do Rio Capitão Cardoso no Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; sobe o Rio Capitão Cardoso até o Rio Tenente Marques; sobe o Rio Tenente Marques até a foz do Igarapé Pesqueira; daí por uma linha reta até o Salto Joaquim Rios no Rio Iquê; sobe o Rio Iquê até o Córrego Toluiri-Inazá; sobe o Córrego Toluiri-Inazá até as suas nascentes; daí pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Cabixi; desce o Rio Cabixi até o Rio Guaporé; desce o Rio Guaporé até o Rio Mequéns; sobe o Rio Mequéns até as suas nascentes; daí segue pelo divisor de águas até a Chapada dos Parecis; segue a linha de cumeada da Chapada dos Parecis até as nascentes do Rio Tanaru; desce o Rio Tanaru até o Rio Pimenta Bueno; desce o Rio Pimenta Bueno até o Rio do Ouro; sobe o Rio do Ouro e seu braço direito até o paralelo 12º 13' 39,130" ; segue por este paralelo até o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; desce o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida até o Rio Capitão Cardoso, ponto de partida. O município era formado por dois distritos (Vilhena e Colorado ), com os limites entre eles assim definidos: - Começa na linha de cumeada da Serra dos Parecis na altura da cabeceira do Rio Tanaru, onde começa o limite com o Município de Vilhena; seguindo pela dita linha de cumeada da Serra dos Parecis, no sentido leste, até encontrar a linha divisória com o Estado de Mato Grosso.
23 de novembro de 1977 – Instalação do município de Vilhena.
ANO DE 1981
03 de novembro de 1981 - Através do Decreto n.º 86.529, de 03 de novembro de 1981, o município de Vilhena cedeu área territorial para criação do Município de Colorado do Oeste, passando a ter os seguintes limites: - Começa na foz do Rio Capitão Cardoso no Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; sobe o Rio Capitão Cardoso até o Rio Tenente Marques; sobe o Rio Tenente Marques até a foz do Igarapé Pesqueira; daí segue por uma linha reta até o Salto Joaquim Rios no Rio Iquê; sobe o Rio Iquê até o Córrego Toluiri-Inazá; sobe o Córrego Toluiri-Inazá até as suas nascentes; daí pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Cabixi; desce o Rio Cabixi até o Rio Vermelho ou Colorado; sobe o Rio Vermelho ou Colorado até as suas nascentes, na Chapada dos Parecis; segue a linha de cumeada da Chapada dos Parecis até as nascentes do Rio Tanaru; desce o Rio Tanaru até o Rio Pimenta Bueno; desce o Rio Pimenta Bueno até o Rio do Ouro; sobe o Rio do Ouro e seu braço direito até o paralelo 12º 15' 32" ; segue por este paralelo até o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; desce o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida até o Rio Capitão Cardoso, ponto de partida. O município passou a contar apenas com o distrito sede (Vilhena).
ANO DE 1992
03 de fevereiro de 1992 - Através da Lei n.º 377, de 13 de fevereiro de 1992, o município de Vilhena cedeu área territorial para criação do Município de Corumbiara, passando a ter os seguintes limites: - Começa na foz do Rio Capitão Cardoso no Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; sobe o Rio Capitão Cardoso até o Rio Tenente Marques; sobe o Rio Tenente Marques até a foz do Igarapé Pesqueira; daí segue por uma linha reta até o Salto Joaquim Rios no Rio Iquê; sobe o Rio Iquê até o Córrego Toluiri-Inazá; sobe o Córrego Toluiri-Inazá até as suas nascentes; daí pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Cabixi; desce o Rio Cabixi até o Rio Vermelho ou Colorado; sobe o Rio Vermelho ou Colorado até as suas nascentes, na Chapada dos Parecis; segue a linha de cumeada da Chapada dos Parecis até as nascentes do primeiro igarapé, afluente da margem esquerda do Rio Pimenta Bueno, logo após a foz do Rio Cachoeira Perdida; desce por este igarapé até o Rio Pimenta Bueno; desce o Rio Pimenta Bueno até o Rio do Ouro; sobe o Rio do Ouro e seu braço direito até o paralelo 12º 15' 32" ; segue por este paralelo até o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; desce o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida até o Rio Capitão Cardoso, ponto de partida.
ANO DE 1995
27 de dezembro de 1995 - Através da Lei n.º 643, de 27 de dezembro de 1995, o município de Vilhena cedeu área territorial para criação do Município de Chupinguaia, passando a ter os seguintes limites: - Começa na foz do Rio Capitão Cardoso no Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; sobe o Rio Capitão Cardoso até o Rio Tenente Marques; sobe o Rio Tenente Marques até a foz do Igarapé Pesqueira; daí segue por uma linha reta até o Salto Joaquim Rios no Rio Iquê; sobe o Rio Iquê até o Córrego Toluiri-Inazá; sobe o Córrego Toluiri-Inazá até as suas nascentes; daí pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Cabixi; desce o Rio Cabixi até o Rio Vermelho ou Colorado; sobe o Rio Vermelho ou Colorado até as suas nascentes, na Chapada dos Parecis; segue a linha de cumeada da Chapada dos Parecis até as nascentes do primeiro igarapé, afluente da margem esquerda do Rio Pimenta Bueno, logo após a foz do Rio Cachoeira Perdida; desce por este igarapé até o Rio Pimenta Bueno; sobe o Rio Pimenta Bueno a linha de limite da Área Indígena Tubarão Latundê (exclusive); segue a linha de limite da Área Indígena Tubarão Latundê (exclusive) até a linha K-80, segue linha K-80 até o Igarapé Canário; sobe o Igarapé Canário até o paralelo 12º 15’ 32”; segue por este paralelo até o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida; desce o Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida até o Rio Capitão Cardoso, ponto de partida.
B I B L I O G R A F I A
- Corrêa Filho, Virgílio - ‘História de Mato Grosso”- INL/MEC - 1969 - Rio de Janeiro
- Ferreira, Manoel Rodrigues - “A Ferrovia do Diabo” - Melhoramentos - 1959 - São Paulo
- Hugo, Vítor - “Desbravadores” - I, II e III (inédito) Volume - Edição da “Missão Salesiana de Humaitá” -1959 - Amazonas
- Leal, Paulo Nunes - “O Outro Braço da Cruz” - Companhia Brasileira de Artes Gráficas - s.d. - Rio de Janeiro
- Silva Filho, Gerino Alves da. “Divisão Territorial de Rondônia”, Porto Velho: s.c.p., 1997
- Silva Filho, Gerino Alves da. “Perfil da População de Rondônia de 1950 a 1980”. Porto Velho, s.c.p. - 1991
- Silva Filho, Gerino Alves da. “Toponímia de Rondônia”, 2ª Edição. Porto Velho, s.c.p. - 1995
- Silva Filho, Gerino Alves da. “Hidrografia e Orografia de Rondônia”. Porto Velho; s.c.p., 1995
- Silva Filho, Gerino Alves da. “Monografia de Rondônia”. Porto Velho: s.c.p., 1996
- Viveiros, Esther de - “Rondon Conta sua Vida” - Cooperativa Cultural dos Esperantistas - 1969 - Rio de Janeiro Autor: Gerino Alves da Silva Filho, Engenheiro Agrônomo, servidor público federal, Chefe da Agência do IBGE de Vilhena, pesquisador, historiador, escritor, membro da Academia Vilhenense de Letras – AVL. E-mail: gerinosfilho@hotmail.com
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